MAS AFINAL, O QUE É DESIGN DIDÁTICO?
Design Didático é uma atividade que mobiliza a
criatividade, interdisciplinar, que engloba os campos de conhecimento como as
ciências humanas, ciências da informação e ciências da administração. A
criatividade é uma tendência que perpassa todas as atividades humanas. O ato de
criar e inovar, também se referem à criatividade, que é a mola propulsora de um
design didático.
A criatividade é primordial na concepção do
design didático, uma vez que um design
didático criativo estimula o estudante, orienta de forma correta, oferece o
conteúdo didático de forma descomplicada e acessível, facilita a aprendizagem e
a comunicação entre tutores e alunos, já que o design didático é o profissional
capaz de tratar e organizar a informação a fim de customizá-la, promovendo
maior interatividade e navegabilidade tornando a construção do conhecimento
pelo aluno mais prazeroso.
Inovação é a capacidade de a mente inferir
significados inusitados a partir de informações aparentemente banais; produzir
respostas divergentes e criativas; olhar a realidade convencional com uma
óptica insólita; gerar, em suma, hipóteses, cenários e soluções diferentes de
maneira quase casual, mesmo fora de uma lógica estruturada, segundo MADONATO
& DELL’ORCO, 2010.
O design didático é um projeto didático com
várias etapas, é um processo muito importante no desenvolvimento de cursos a
distância, cujas ações precisam ser
avaliadas. Ele ajuda no planejamento das aulas, contribuindo para tornar o seu
conteúdo mais atraente, fazendo com que os sentidos dos alunos fiquem mais
aguçados, encantando-os, facilitando o entendimento do conteúdo e aumentando
muito as chances de que os objetivos sejam atingidos.
Quando falamos em design didático,
precisamos primeiramente saber a intenção e função do material/curso, para
criarmos estratégias de aprendizagem e implementá-las de forma dinâmica. É
de suma importância a utilização do design didático para auxiliar as aulas em
EAD, para encantar, atrair e conquistar o aluno, mas devemos também atentar
para a adequada sintonia do uso do design com o conteúdo trabalhado, sempre com
a intenção de favorecer o aprendizado do que
está sendo pedido.
Usar um design didático divergente, pouco atraente e que não se
relaciona ao conteúdo trabalhado, compromete o desenvolvimento e aprimoramento
da aprendizagem, ficando o aluno confuso, sem saber que direção seguir. Quando
esse material soma conhecimento, auxilia com informações importantes, vai ao
encontro do conteúdo trabalhado, contribui assim, para um melhor entendimento
desse conteúdo.
Os professores e tutores têm um compromisso
fundamental na criação do material design didático para desenvolvimento de seus
trabalhos educacionais, devendo ter o cuidado minucioso e constante, durante a
elaboração desse material, seja para alunos de cursos presenciais ou online,
pois o compromisso é um só: ensinar para um universo de alunos com olhares e
expectativas diferenciadas, e com muita criatividade¹.
“¹Compreende-se por criatividade a capacidade
de um sistema vivo (indivíduo, grupo, organização) produzir novas combinações,
dar respostas inesperadas, originais, úteis e satisfatórios, dirigidas a uma
determinada comunidade. É o resultado de um pensamento intencional, posto ao
serviço da solução de problemas que não têm uma solução conhecida ou que
admitem mais e melhores soluções que as já conhecidas. Todos os seres humanos têm
potencialidades para serem criativos, uns mais do que outros, mas todos podem
desenvolver e melhorar a sua capacidade criativa. O pensamento criativo não se
processa, por exemplo, quando é dificultado pela falta de conhecimento da área,
pela inexperiência ou pela falta de motivação."
(TSCHIMMEL, 2003)
(TSCHIMMEL, 2003)
Devem ser criadas estratégias de aprendizagem e
implementá-las de forma dinâmica, buscando a interdisciplinariedade,
contemplando assim os campos de conhecimento.
Analisando a relação entre a cognição e
a emoção, na elaboração do design didático, Couto, Oliveira e
Santos (2007) consideram que "estimular todos os
sentidos é uma tarefa difícil, mas importante. Por isso, faz-se necessária
uma gama de profissionais capazes de estimular esses sentimentos com a finalidade
de promover condições para o aprendizado. A razão não deve ser o processo
exclusivo para a obtenção do conhecimento e sim, levar em consideração os
caminhos que a emoção percorre, haja vista, que ambas percorrem o mesmo
caminho.”
Cada um sente uma emoção de forma diferenciada. No
caso do estímulo obtido, através do design didático no material EAD, cada um
terá um olhar diferente do outro. Cada um tomará contato e sentirá ou não
emoção. Pode ocorrer de nada significar para um e poderá ter um significado
especial para outro, revelando um tipo de emoção. Tudo é muito subjetivo,
dependendo da cognição de cada um, como cada um poderá interpretar o que esta
vendo. Cada design deve ser direcionado e utilizado para atender a um tipo de
estímulo esperado. Seria uma resposta esperada ao efeito desse estímulo, e
mesmo assim, nem sempre receberemos a resposta pretendida, pois ela poderá ser
bem diferente.
O
Design Didático apresenta estratégias de aprendizagem que devem ser utilizadas
dinamicamente, onde por meio da interatividade, o professor deve considerar os
domínios do conhecimento como espaços abertos à navegação, manipulação,
cooperação e criação. Por outro lado, os alunos devem ser estimulados a
transitar aleatoriamente por fotos, sons, filmes, textos, gráficos, entre
outros.
Em
EAD, os professores (ou tutores) devem procurar sempre estar atentos ao
feedback dos alunos cumprindo a função de um retro-alimentador dentro da
perspectiva de um modelo sistêmico, buscando o quando e onde adaptações são
sempre previstas e desejadas, para que o curso atenda o melhor possível às
necessidades dos alunos, a fim de favorecer um processo formativo qualificado.
Apresenta-se o design didático como recurso facilitador e implementador do
processo ensino aprendizagem na busca de melhores estratégias de aprendizagem.
REFERÊNCIAS:
COUTO, Z.S; OLIVEIRA, M.V;
SANTOS, R.C.G. Construindo outra cultura de ead: a produção de material
didático instrucional para o curso de pedagogia uab/furg. Artigo publicado na
Revista Didática Sistêmica, ISSN 1809-3108, Volume 8, julho a dezembro de
2008. Encontro internacional de educação e o mercosul/conesul e
países associados: desafio político e pedagógico, Anais XVI. 2007, Salvador.
Disponível no site <http://www.seer.furg.br/ojs/index.php/redsis/article/viewFile/1184/497>
Acesso em 17/08/13
MALDONADO, Mauro e DELL’ORCO, Cintia. Criatividade, Pesquisa e Inovação: O
Caminho surpreendente da descoberta. Disponível em: http://pigead.lanteuff.org/pluginfile.php/26912/mod_resource/content/4/Criatividade%20Pesquisa%20e%20Inova%C3%A7%C3%A3o.pdf.
Acesso restrito em: 17/08/13
MARINS, Vânia e COSTA, Rosa Maria. Design Didático em Ambientes Virtuais. Disponível
em:http://pigead.lanteuff.org/pluginfile.php/26911/mod_resource/content/3/DesignDid%C3%A1tico.pdf.
Acesso restrito em: 17/08/13
TSCHIMMEL, K. O pensamento criativo em design: reflexões
acerca da formação do designer. Texto original de uma comunicação publicada
no catálogo do Congresso Internacional de Design USE(R), ocorrida no dia
29.03.03 em Lisboa. Disponível no site<http://www.crearmundos.net/primeros/artigo%20katja%20o_pensamento_criativo_em_design.htm>
Acesso em 17/08/2013.